O encontro de domingo aconteceu.
Dulce, Biu, Taciana, Talita, Alice, Sulamita, Janaína, Maria de Fátima, Aniele, Aline, Marcílio e a pequena Juliana.
Toda a família Baracho veio ao nosso penúltimo encontro, remarcado às presas, de última hora, logo após o imprevisto que não permitiu que nosso ensaio de sábado ocorresse normalmente. Estavam todas ainda assustadas com o ocorrido no dia anterior. Um clima de desconfiança e medo pairava no ar e o desconforto foi geral.
Elas moram na cidade de Abreu e Lima e de lá para Itamaracá levam, assim como eu 2 horas de viagem. Até então, o Ponto de Cultura estava arcando com esse transporte, isso fazia parte de um acordo entre eles, elas colaboravam com a programação do Centro Cultural Estrela de Lia. A rotina era assim: elas chegavam as 9h para a minha oficina, as 15h faziam a oficina de Cavalo Marinho de Seu Luís Paixão e à noite cantavam com Lia. No dia seguinte, elas faziam pela manhã uma oficina de percussão e ao meio dia realizam um show com suas cirandas. Assim foi de durante um mês e meio.
Estavam super felizes e radiantes!!! Até que neste sábado o Ponto de Cultura (o ponto de cultura o centro cultural neste caso são a mesma coisa) não enviou o transporte e cancelou a oficina de percussão e o show de domingo alegando que os gastos estavam muito altos: comida, água, transporte... Baixa temporada, pouco movimento no bar... De uma hora para outra elas ficaram sabendo que não poderiam terminar os ensaios de nosso espetáculo e que por conta disso não haveria mais estréia nem comigo e nem com Seu Luíz Paixão.
Eu vim a saber dessa estória no sábado assim que cheguei para o ensaio, assim que vi que não havia ninguém.
Fui chamada para conversar com o responsável pelo ponto de Cultura que alegou que não haveria mais a programação referente a família Baracho por falta de verba. Segundo ele, o Ponto ainda não recebeu a última parcela... Conversa vai, conversa vem... Muitas reclamações das mais diversas origens... Pronto, o impasse: por ele as atividades acabariam ali mesmo, afinal, estávamos há duas semanas do final do projeto, não é mesmo?
NÃO. Definitivamente, não. Eu não poderia desistir de um projeto que dá certo. Não poderia deixar de finalizar um processo de criação onde as pessoas envolvidas aprendem a cada encontro a ter autonomia em relação a sua criação!
Informei ao responsável pelo Ponto de Cultura que meu trabalho continuaria até o final e pedi que ele me permitisse ensaiar naquele domingo no espaço de sempre. Liguei para Dulce e para Bíu e perguntei a elas se tinham disponibilidade e se gostariam de dar procedimento aos nossos ensaios, apesar do ocorrido, prôpus um encontro naquele domingo, agendamos o horário, ligamos para o motorista da kombi, acertei com ele o preço do serviço.
Pois bem, no domingo estávamos todas lá, confesso, um tanto despedaçadas. Nos sentimos bastantes desrespeitadas, tínhamos algo atravessado na garganta. Mas lá estávamos , uma perante a outra, com os olhos cheio de lágrimas, mas firmes e com muitas coisas para ensaiar!
Agradeço ao percussionista Viola pela presença neste domingo tão difícil. Agradeço a Dulce e a Bíu por não terem desistido, confesso, naquele momento esse era o meu único medo.
Dulce, Biu, Taciana, Talita, Alice, Sulamita, Janaína, Maria de Fátima, Aniele, Aline, Marcílio e a pequena Juliana.
Toda a família Baracho veio ao nosso penúltimo encontro, remarcado às presas, de última hora, logo após o imprevisto que não permitiu que nosso ensaio de sábado ocorresse normalmente. Estavam todas ainda assustadas com o ocorrido no dia anterior. Um clima de desconfiança e medo pairava no ar e o desconforto foi geral.
Elas moram na cidade de Abreu e Lima e de lá para Itamaracá levam, assim como eu 2 horas de viagem. Até então, o Ponto de Cultura estava arcando com esse transporte, isso fazia parte de um acordo entre eles, elas colaboravam com a programação do Centro Cultural Estrela de Lia. A rotina era assim: elas chegavam as 9h para a minha oficina, as 15h faziam a oficina de Cavalo Marinho de Seu Luís Paixão e à noite cantavam com Lia. No dia seguinte, elas faziam pela manhã uma oficina de percussão e ao meio dia realizam um show com suas cirandas. Assim foi de durante um mês e meio.
Estavam super felizes e radiantes!!! Até que neste sábado o Ponto de Cultura (o ponto de cultura o centro cultural neste caso são a mesma coisa) não enviou o transporte e cancelou a oficina de percussão e o show de domingo alegando que os gastos estavam muito altos: comida, água, transporte... Baixa temporada, pouco movimento no bar... De uma hora para outra elas ficaram sabendo que não poderiam terminar os ensaios de nosso espetáculo e que por conta disso não haveria mais estréia nem comigo e nem com Seu Luíz Paixão.
Eu vim a saber dessa estória no sábado assim que cheguei para o ensaio, assim que vi que não havia ninguém.
Fui chamada para conversar com o responsável pelo ponto de Cultura que alegou que não haveria mais a programação referente a família Baracho por falta de verba. Segundo ele, o Ponto ainda não recebeu a última parcela... Conversa vai, conversa vem... Muitas reclamações das mais diversas origens... Pronto, o impasse: por ele as atividades acabariam ali mesmo, afinal, estávamos há duas semanas do final do projeto, não é mesmo?
NÃO. Definitivamente, não. Eu não poderia desistir de um projeto que dá certo. Não poderia deixar de finalizar um processo de criação onde as pessoas envolvidas aprendem a cada encontro a ter autonomia em relação a sua criação!
Informei ao responsável pelo Ponto de Cultura que meu trabalho continuaria até o final e pedi que ele me permitisse ensaiar naquele domingo no espaço de sempre. Liguei para Dulce e para Bíu e perguntei a elas se tinham disponibilidade e se gostariam de dar procedimento aos nossos ensaios, apesar do ocorrido, prôpus um encontro naquele domingo, agendamos o horário, ligamos para o motorista da kombi, acertei com ele o preço do serviço.
Pois bem, no domingo estávamos todas lá, confesso, um tanto despedaçadas. Nos sentimos bastantes desrespeitadas, tínhamos algo atravessado na garganta. Mas lá estávamos , uma perante a outra, com os olhos cheio de lágrimas, mas firmes e com muitas coisas para ensaiar!
Agradeço ao percussionista Viola pela presença neste domingo tão difícil. Agradeço a Dulce e a Bíu por não terem desistido, confesso, naquele momento esse era o meu único medo.
Nao tinha medo nenhum.
ResponderExcluirA sua teimosia vai ser agradecida!