Vem chegando fevereiro e o que se sonha é um dia interio no seu lar.
Poder cantar, poder calar, poder querer e merecer o doce toque do seu mar...
Recife de ilusão, Pernambuco coração.
Recife de ilusão, Pernambuco coração.
Vens de lá eu sei, fevereiro vai chegar. Fevereiro vai chegar...
Chora a Liberdade ao ter tua lembrança, ao se cansar de te esperar,
Sorri a Boa Viagem ao ver feliz a tua imagem ao te ver chegar.
Tua tristeza vai embora, com teu choro o meu pesar.
Tua tristeza vai embora e com teu choro o meu pesar.
Tua espera é meu lamento: a felicidade é teu lar!
A felicidade é teu lar...
Mas se já vais embora,
se já passou da hora de te encontrar,
viverás feliz, longe daqui em outro lugar.
E meu fevereiro é teu dezembro mesmo sendo em janeiro, véspera.
Às vezes aqui , mas sempre lá.
Às vezes aqui, mas sempre lá...
Mas se já vais embora,
se já passou da hora de te encontrar,
viverás feliz, longe daqui, em outro lugar.
Poder cantar, poder calar, poder querer e merecer o doce toque do seu mar...
Recife de ilusão, Pernambuco coração.
Recife de ilusão, Pernambuco coração.
Vens de lá eu sei, fevereiro vai chegar. Fevereiro vai chegar...
Chora a Liberdade ao ter tua lembrança, ao se cansar de te esperar,
Sorri a Boa Viagem ao ver feliz a tua imagem ao te ver chegar.
Tua tristeza vai embora, com teu choro o meu pesar.
Tua tristeza vai embora e com teu choro o meu pesar.
Tua espera é meu lamento: a felicidade é teu lar!
A felicidade é teu lar...
Mas se já vais embora,
se já passou da hora de te encontrar,
viverás feliz, longe daqui em outro lugar.
E meu fevereiro é teu dezembro mesmo sendo em janeiro, véspera.
Às vezes aqui , mas sempre lá.
Às vezes aqui, mas sempre lá...
Mas se já vais embora,
se já passou da hora de te encontrar,
viverás feliz, longe daqui, em outro lugar.
O meu avô (homem sábio) me disse certa vez: "Todo homem precisa de uma ilusão pra viver." Eu nunca pude me esquecer disso.
O que temos acima é uma canção, Véspera é seu nome e a letra foi escrita por mim a algum tempo. Eu tinha lá os meus 16 anos e sofria com a partida de uma grande amiga que voltava ansiosa a sua terra: Recife. Ela havia passado uma temporada fora de sua terra natal por conta de uma crise financeira que abalou sua família e nesta ocasião nos conhecemos, estávamos as duas recém chegadas numa escola na cidade de Resende-RJ.
Nessa época eu ouvia Chico Science nas rádios e sua música me comovia a ponto de me causar sensações e desejos profundos de mudança, me apontando o movimento, proporcionando um impulso a mais contra minha sensação de estagnação.
Naquela época, há uns 15 anos atrás, eu vivia a inércia de uma comunidade rural abalada pelo agronegócio. Eu não estava no campo e também não estava na cidade, vivia num lugar entre um local e outro, à beira de uma BR, numa paisagem verde rasgada por uma rodovia, a mais movimentada de todo o país a BR 116, que liga Rio a São Paulo, que leva até certo ponto Rio de Janeiro a Minas Gerais (Estado onde nasci), mas a mim, me deixava exatamente onde eu estava, não me ligava e nem me levava a lugar algum.
Eu acredito que tenha sido aí que nasceu o meu encanto por esse lugar que minha amiga Ivana amava tanto. Um lugar capaz de produzir tanta poética deve ser um lugar de magia, ou será apenas o lugar que chamamos de nosso? Bem, para quem não tinha, naquele momento, lugar algum como referência, para quem, dia e noite via a sua frente, tantos carros passarem rapidamente de um ponto ao outro indo sabe-se lá para onde, neste caso, Recife poderia ser, de fato, um recife de ilusões ...
Mas não é.
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